sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

GESTAR II

GESTAR II
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO
PREFEITURA MUNICIPAL DE BACURI


RELATÓRIO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS/SÉRIES FINAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL EM LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSORA MARIA MARLENE,

“A cultura é uma planta frágil e difícil. Quer dizer, é necessário muito mais do que uma infraestrutura material para se produzir cultura num determinado lugar. Cultura também vem de cultura.” (Leminski, p.12, 1988)
Essa afirmação nos faz pensar nos alunos que estão na sala de aula, nos lugares em que nasceram, suas origens, suas riquezas culturais escondidas pelo receio de exibi-las e percebemos ser necessário atentarmos para outros tipos de saberes. Saberes necessários para fazê-los sentirem-se cidadãos inclusos na cultura e na sociedade em que vivem. Foi com essa reflexão que começamos o encontro. O TP1 foi o instrumento de estudo sobre o texto e as variantes da língua como decorrentes da relação entre linguagem e cultura.
Neste sentido, o 6º encontro do GESTAR II, realizado aos 21 dias do mês de novembro do ano de 2009, com uma duração de 10h, realizou-se no prédio da Unidade Integrada Professora Santinha, situado na Travessa José Sarney S/N, Bairro Piquizeiro, cidade de Bacuri, Estado do maranhão, com 95% dos cursistas.
Iniciei o encontro dando as boas vindas aos cursistas e, num grande círculo de mão dadas, pedimos as bênçãos, Força e Sabedoria de Deus, para o nosso dia de estudo através da “Prece aos homens de boa vontade” de São Francisco de Assis. Em seguida, foi feito o levantamento de conhecimentos prévios acerca da Temática do TP1 LINGUAGEM E CULTURA. Foi um momento bastante discutido e de interação entre os cursistas. Daí partimos para a leitura compartilhada do texto base “Variantes Linguísticas: dialetos e registros” e do Definindo nosso ponto de chegada, para justificar a importância de tais assuntos nas aulas de Língua Portuguesa. Lemos os Resumindos das páginas 18,27 e 40 e construímos uma crítica sobre os conceitos ali apresentados, debatemos a respeito de questões norteadoras distribuídas para cada grupo, e fizemos a leitura e discussão do “Ampliando nossas referências” da página 44, o qual representa um outro olhar sobre o assunto da unidade, analisando-o sobretudo na relação com a sala de aula.
Para complementar o entendimento a respeito das variedades lingüísticas, a turma foi dividida em quatro grupos para leitura, análise interpretação e dramatização dos textos: “Asa Branca” de Luís Gonzaga,”Conversa ao pé do fogo” de Orlando Villas Boas, “A entrevista” de Alexandre Azevedo e “Coisas do meu sertão” de Patativa do Assaré, como forma de compreender que cada pessoa fala de acordo com suas características próprias.
Na unidade 2, fez-se leitura do ”Iniciando nossa conversa“ do “Definindo nosso ponto de chegada”, ilustrada com o texto “Nóis mudemu” de Fidêncio Bogo. A compreensão oral foi espontânea e bem participativa. Para fixar o entendimento lemos e discutimos coletivamente os Resumindos das págs. 66,77 e 87. Logo após a exposição dos cursistas e das minhas considerações, propus em grupo a leitura dramatizada do texto “O caso do vestido” pg 67, de acordo com as orientações do Avançando na prática da pg. 76. Socialização e recomendação aos cursistas para que apliquem essas atividades com seus alunos e veja o potencial de trabalhar o texto literário em qualquer gênero por caracterizar-se pela possibilidade de usar qualquer dialeto e qualquer registro, em função das intenções do autor.
Um cursista voluntário leu a apresentação e o definindo nosso ponto de chegada da unidade 3 “O texto como centro das experiências no ensino da língua” e mostrou a compreensão que teve. Alguns colegas colaboraram, também, com a explicação. Na sequência, distribuí cópia do texto do gênero Carta interpessoal “MINHA QUERIDA C.”de Machado de Assis, para os grupos, com as seguintes propostas: incorporando Carolina, o que ela responderia a Machadinho? Nos dias de hoje, usando e-mail, como Machadinho escreveria essa carta a Carolina? E como poderia ser uma resposta de Carolina por e-mail à Machadinho, se os dois vivessem nos dias de hoje? Depois de socializada, a atividade foi vista como uma condição de mostrar as características desse gênero interpessoal e sua evolução, com a chegada dos e-mails, fundamentada no o Avançando na prática pag.102.
Na Unidade 4, que trata de “A INTERTEXTUALIDADE”, fizemos leitura compartilhada do texto básico e do definindo nosso ponto de chegada. Estudamos a seção 2 “ As várias formas de intertextualidade” e para fixar o entendimento a turma foi dividida em 4 grupos. Dois trabalharam a construção de história (suspense) que já foi contada por alguém e ilustrada através da técnica “A arte das mãos” e dois grupos escolheram nomes de eletrodomésticos e de times de futebol para produção textual. A atividade foi bastante divertida e participativa. Os cursistas ficaram maravilhados em ver mais uma possibilidade de produção escrita da qual o aluno deve gostar muito e ver nisso resultados bastantes significativos.
A apresentação do “Relato do Para Casa acerca do Avançando na prática” realizados por escolas e ou professores foi mais um momento interessante do 6º encontro. Vi o entusiasmo na maioria dos cursistas ao falar de seus alunos, assim em apresentar suas respectivas produções. As poucas dificuldades expostas foram sanadas com as minhas explicações e sugestões de outras metodologias para a mesma tarefa.
As oficinas 1 e 2 das páginas 169 e 172, devido o tempo já ultrapassado, solicitei aos cursistas por escola uma proposta de atividade para a 5ª e 6ª série (Planejamento de leitura e produção de texto de uma fábula moderna) e para 7ª e 8ª série, distribuí cópias do filme Central do Brasil para posterior exibição em suas escolas com seus alunos, e um roteiro para trabalhar o referido filme e apresentar os resultados no próximo encontro.
A avaliação do encontro foi de forma oral e escrita com a predominância de pontos positivos. A reclamação que houve diz respeito ao pouco tempo para cada atividade. Por unanimidade, a turma julgou proveitosa e inovadores todos os trabalhos, que veio esclarecer pontos obscuros e mal explorados em sala de aula, o que vem refletindo-se no inadequado desempenho de nossos alunos na maioria das atividades de linguagem.
Concluímos o nosso encontro com as minhas considerações e fazendo as orientações acerca do TP2 a ser estudado e trabalhado no próximo encontro.


Ivaldina Araújo
Professora Formadora do GESTAR II – Língua Portuguesa- Bacuri-MA

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